quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

EDUCAÇÃO SUPERIOR: RELAÇÃO ENTRE SOCIEDASDE, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA.

Educação superior relação entre sociedade, educação e tecnologia.

Em todos os setores da sociedade é importante a transformação e desenvolvimento da educação. Sabemos que é preciso um grande avanço nesse sentido principalmente nas escolas em momento de globalização a tecnologia tem um papel muito importante em todo regimento da sociedade e a escola como produtora de conhecimento tem que está integrada neste contexto.

Penso que a educação não pode mais ser transmitida de maneira tradicional. É preciso que esteja integrada a tecnologia e os docentes interagindo com essa nova forma de processo educacional, pois para os docentes que estão em formação continuada, no ensino superior, os recursos da tecnologia irá aproximá-lo de uma nova forma de conhecimento que se coincide com a sociedade atual.

A incorporação de tecnologia no ensino superior contribuiu bastante para a melhoria do aprendizado do docente visando com isso a qualidade de ensino da instituição e da formação do profissional.

Que esse conhecimento possa nortear o seu trabalho em sala de aula tornando suas aulas mais atraente e mais prazerosa e possa ajudar na construção de uma sociedade de tecnologia mais humana e sistematizada com os interesses do ser humano ajudando na formação do ser humano.


APRENDIZAGEM ASSISTIDA POR COMPUTADOR

A informatização cada vez maior da sociedade é uma realidade incontestável,o que significa que país que não investir na preparação para esta nova era está condenado a ser subordinado e manipulado por aqueles que já avançaram neste sentido. Considerando ser este trabalho destinado a discutir aprendizagem assistida por computador, vem-nos então uma pergunta inicial: Qual a ligação do computador com a educação?

Se a princípio o computador era utilizado apenas na área administrativa das escolas, agora ele também é visto como uma poderosa ferramenta no auxilio à educação devido a muitas de suas características que serão descritas a seguir. Uma vez que estamos diante de acontecimentos irreversíveis (informatização da sociedade), torna-se indispensável que a educação, por ser um agente de mudanças da sociedade, se utilize desta nova tecnologia. Neste sentindo, fazendo uma analogia com o uso da teleinformática proposto por Barros (1988), é preciso que se eduque a sociedade para a informática, pela informática e em informática.

Quando se fala em educar PARA a informática, o que se intenciona é preparar a sociedade para receber, acompanhar, criticar e avaliar os efeitos sociais que podem ser causados por esta tecnologia, isto é, criar um posicionamento crítico da sociedade. Para tal, Barros (1988) explica que existem mecanismos formais e informais que devem ser aplicados a grupos específicos de conhecimento.

Ao se introduzir o computador na escola, não se pode perder de vista o nível de maturidade de cada aluno, o que faz com que as primeiras fases sejam a de familiarização e desmistificação da máquina. É importante apresentar o computador como um instrumento de participação coletiva (ex: correio eletrônico), e utilizar uma linguagem próxima da linguagem natural (ex: LOGO para os iniciantes).

Para alunos de séries mais avançadas, poderiam ser também colocadas questões de caráter social que instigassem sua reflexão. Em conjunto com estes aspectos sociais, deveria ser também prevista a possibilidade de tornar a máquina disponível ao aluno para a construção de modelos próprios.

Um dos objetivos que justificam a introdução do computador na escola é desenvolver atividades visando despertar e impulsionar as estruturas mentais do aluno.

Para os educandos do terceiro grau, a etapa seria a do aprofundamento dos debates sobre a informatização da sociedade. Ainda aqui, a máquina deveria dar suporte experimental, servindo de simuladora de experiências.

E por último, para aqueles que pretendem ser educadores, é importante que incluam em seu currículo o tema informática na educação como meio de atualização e acompanhamento do desenvolvimento tecnológico.

Faz-se importante e necessário um maior número de encontros provocadores de reflexão, para que aqueles que fazem parte dos processos decisórios da sociedade possam explanar o seu posicionamento. “De modo similar, os gerentes, os próprios educadores, os políticos – enfim, o cidadão em geral precisa estar familiarizado com os efeitos dessa revolução, a fim de redefinir seu papel na informatização da sociedade, deixando de atuar como paciente para tornar-se agente desse processo” (BARROS, 1988, p.35).

Na educação PELA informática, esta é tratada como recurso instrucional e, dado o seu caráter com o público a ser atingido, como auxilio à fixação de estruturas e fornecimento de conteúdos. Para aqueles de sofrem de deficiências, tais como auditiva e psicomotora, a literatura tem demonstrado que também é possível obter bons resultados.

Finalizando, para tornar possível a educação EM informática, é preciso que o trabalho do especialista na área e o do educador se unifiquem. Uma solução apontada estaria em acrescentar ao currículo do futuro especialista em informática temas como noções gerais de pedagogia, psicologia e as disciplinas da área de conhecimento.

Sobre esta ligação, Valente (1991) coloca que o computador tem sido utilizado para o ensino de informática ou “computer literacy” – ensinar informática – e para ensinar qualquer assunto - ensino pela informática.

O ENSINO DE INFORMÁTICA é caracterizado pelo ensino de conceitos computacionais, como programação, princípios de funcionamento do computador, etc. Entretanto, a não-determinação do grau de profundidade do conhecimento que o aluno deve ter sobre o assunto tem contribuído para que esta modalidade do uso do computador se torne confusa, ao mesmo tempo em que as escolas se aproveitam da situação para criar um chamariz mercadológico. Ainda segundo este autor, “o objetivo deste curso pode ser caracterizado como o de “conscientização do estudante para a informática”, ao invés de ensiná-lo a programar” (p.18).

Primeiro, o estudante está prendendo superficialidades. [...] Os cursos de computação, nos moldes como vêm sendo ensinados, não permitem que o estudante adquira habilidade para se tornar um programador . [...] Segundo, não é necessário conhecer superficialmente sobre computador para viver numa sociedade tecnológica [...]. Portanto, a solução é aprofundar mais este curso e oferecer uma possibilidade vocacional ou eliminá-los de uma vez” (VALENTE,1991, p.19).

O ENSINO PELA INFORMATICA nasceu do aperfeiçoamento da máquina para corrigir teste de múltipla escolha inventada pelo Dr. Sidney Pressey em 1924. Em 1950, B.F. Skinner elaborou melhor esta idéia propondo uma maquina para ensinar utilizando o conceito de instrução programa. Com o surgimento dos computadores notou-se que a instrução programada poderia ser implementar neste com grande facilidade, dando então surgimento à Instrução Auxiliada por Computador (IAC). Alem do IAC, a idéia do ensino pelo computador propiciou a elaboração de outras abordagens em que o computador é visto como uma ferramenta educacional para o aluno e professor.

Santos (1987), ao tratar desde tema, ressalta educar com informática em vez de pela. Ao fazer esta distinção, o que está procurando salientar é a “figura do professor na utilização da informática no processo ensino-aprendizagem formal, bem como o grau de liberdade que grupos populares têm na utilização de instrumentos educacionais em suas soluções de vida” (p.51). Fazendo uma analise sobre estes autores escolhidos da literatura, conclui-se que não basta que o computador seja utilizado como um auxilio à educação se a sociedade não estiver preparada para tal porque, pode-se cair no erro de usar o computador na educação com fins que uma classe dominante e de um mercado de informática grande e promissor. Um outro ponto importante é que ao mesmo tempo em que se discutem estas ligações do computador com a educação, é preciso que se repense e se critique a própria educação.

2 NOVA CONCEPÇÃO ACERCA DO COMPUTADOR

Para Reggini (1988a), pensar em computadores como instrumentos velozes capazes de calcular e processar uma enorme quantidade de dados, apesar de conceitualmente certo, continua ocultando sua possível contribuição inovadora para as tarefas educativas.

São vários os instrumentos ou meios de armazenamento, manipulação e recuperação de informações de diferentes tipos que permitem as pessoas se comunicarem com outras ou consigo mesmas. Meios externos ao ser humano podem servir para materializar seus pensamentos, além de contribuírem na criação de novos modos de pensar. Qualquer mensagem é, em uma ou outro sentido, a representação ou a “simulação” de uma idéia. Seja o meio figurativo ou abstrato, sua essência depende da forma com que as mensagens se registram, se alteram, se olham ou se lêem.

Assim, o computador é um novo “metameio” e o uso de linguagem adequada permitem uma outra forma de expressão do pensamento. Esta afirmação ratifica a de Turkle (1984) quando ela trata o computador não como um instrumento, mas sim como um “computador subjetivo”, por entra na vida social e particular de nosso desenvolvimento psicológico, afetado não só a maneira como pensamos, mas principalmente o que pensamos sobre nos mesmos. Turkle faz uma analogia da maquina com o teste de borrão Rorschach, por entender que o computador pode ser uma tela em que nossa personalidade são projetadas. Isto fica evidente quando se observa que pessoas diferentes, sentadas frente ao computador, realizado tarefas mesmo que iguais, possuem estilo diferentes de interação com a máquina, sendo a construção de programas o melhor exemplo. Tal experiência permite que muitos criem seus próprios mundos, de acordo com suas próprias necessidades e desejos.

O computador, ao contrário de outros meios de expressão, tais como a escrita, o desenho, a pintura, a fotografia e ate mesmo uma imagem televisiva, permite que o conhecimento a ser passado adquira dinamismo ao ser processado e, automaticamente, produza as respostas que são derivadas deste conhecimento, isto é, permite uma interação tanto entre a máquina e a pessoa, como em sentido inverso.

Embora as novas gerações convivam mais facilmente com os computadores, para Reggini (1988a), estes para se tornar instrumentos educativos, dependem da forma como são apresentados ao educado, o que torna necessário repensar tanto o conteúdo quanto o método de ensino, que deveria basear-se também em melhores teorias de aprendizagem.

A escola, da maneira como vem sendo implementada, apresenta dificuldades em cumprir o seu dever de assegurar a educação formal a crianças e adolescestes.

Aos alunos é imposto um tipo de ensino padronizado e que não atenta para as suas diferenças de condições e estruturas, o que, conseqüentemente, acaba gerando, por parte dos alunos, resultados medíocres muito abaixo do esperando.

Segundo Piaget (1988), na escola tradicional, o papel da educação se reduz a uma simples introdução, tratando exclusivamente de enriquecer ou alimentar faculdades já elaboradas, em vez de formá-las. “Basta, em suma, acumular conhecimentos na memória, ao invés de conceber a escola como um centro de atividades reais (experimentos) desenvolvidas em comum, tal como se elabora a inteligência lógica em função de ação e das trocas sociais” (p.31).

Sobre este aspecto, Fagundes (1988, p.3) coloca que “é compreensível que qualquer proposta inovadora para melhorar este quadro seja recebidas com muita esperança e com um risco de se converter em uma grande panacéia. “Sempre que surgem novas tecnologias, como se estivessem ressuscitando problemas mal desenvolvidos das suas predecessoras tais como incorporação da nova tecnologia à antiga forma de ensinar, duvidas quanto à passividade e à massificação do aluno, indefinição quanto à situação do professor, elitismo, entre outros. Os críticos, na sua maioria, conforme mostra a literatura, se valem justamente destes aspectos como suporte a suas idéias contra o uso do computador na escola. Alguns destes aspectos serão tratados mais adiante.

Parece-nos que um ponto crítico é dar o salto – não pensar na tecnologia para o trivial ou para repetir as soluções que já alcançaremos sem ela, mas descobrir como usá-la para alcançar resultados que aproveitem o máximo de rendimento de suas características específicas e inusuais” (FAGUNDES, 1988, p.4).

 
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